A calma, a paz, uma coisa tão cobiçada e obtida por tão poucos, em pequenos segundos... Oque era o amor, oque era a paz? Kain, se perguntava todos os dias isto. Naquele instante, em sua peregrinação na juventude, onde seu treinamento estava para se concluir com os sábios monges do templo ... Templo... Templo oque mesmo? Ah, sim, budista. Uma posição um tanto confusa, como o moreno foi parar ali? Pois bem... Deixe-me contar um pouco da história...
Mais doque uma vida, a história de um sorriso.
Tão jovem, um garoto carregava em seus ombros a tristesa da perca de sua familia. Da morte de um idolo, e um pai. Da despedida de um anjo, uma mãe. E a despedida de um Herói, um irmão. Uma história triste e muito longa pra se contar, em como ele chegou ali. Adotado por monges, ao longe de um monte ao norte da agora, arruinada, Grande Anônima. O principe da famosa familia, agora, deixado aos brantos da derrota de seus pais... Um treinamento vasto, e cruel. Tinha seus quinze anos, ali, presente em vida nas costas. Se encontrava em sua memoria, o dia onde ganhou a nova familia... Alguns dias havia se passado desde a tragedia, e estava ali, em pratica. Reunido com outros garotos de sua idade, praticando o amado corpo-a-corpo, que Kain tanto se destacava. Coisas da memoria... Ao alongar de seus pensamentos, se recordava dos lugares que visitou, as culturas que conheceu... Era uma vida bela.
Uma mente, um corpo e um Chi.
A mente conturbada, memorias em pedaços, dolorosas lembranças. Um corpo saudavel, um chi instavel. Um combate inteiramente travado dentro de Kain, agora, em seus vinte dois anos, começou. Sentado ao centro do templo budista, junto dos mais sabios, o moreno era o mais jovem ali presente . A perna canhota recolhida, com o pé apoiado na coxa direita, enquanto o pé direito ficava sobre a panturrilha esquerda. Coluna reta, olhos fechados. Os dentes se tocavam com delicadesa e tranquilidade, enquanto a lingua se mantinha apoiada no céu da boca. Coluna ereta, o abdomem recolhido e um arco que recolhia o diafragma. A concentração baseada nas narinas. Kain meditava... Exercitava sua mente, a cada respirar, suas lembranças eram confrontadas na mente do mesmo. Estava vestido com trajes brancos, com detalhes azulados. Seu corpo inteiro, pintado com simbolos feitos pelos mais sábios do Templo, a qual libertavam a mente, a alma, e o espirito, deixando a mente livre. Então... Passou a navegar. Navegar pelas suas memórias. De seus atos com o budismo... De sua fé Cristã... Dos combates travados em nome de muitas coisas... Mas Kain se perguntava, oque era a paz?... Sua mente se distanciava de seu corpo... Se guiava lentamente por todo o mundo, sem encontrar oque ele podia dizer ser a verdadeira paz... Pecados, mrotes, adulterios, dores, dor, dor, dor, dor! Era só isto que ele encontrava... Então sua mente lentamente começou a navegar... Nevagar mais, perdida nas correntesas de suas memórias, até se deparar com um lugar... Uma local que parecia ser unico, uma dimensão separada de toda aquela dor... E foi ali que começou a se aprofundar. Aqueles simbolos rusticos pelos braços, rosto, e todo o corpo de Kain começou a se iluminarem, como falhas no corpo do mesmo, e a forte luz azulada, conhecida como Chi do guerreiro, passava livremente por dentro do corpo. Naquele momento, as extremidades de Kain largaram o solo do templo, e pairavam no ar. Os sábios observaram o colapso de chi da Kain, e notaram que ele conseguiu enfrentar a si mesmo. Encontrar um lugar para descansar...
Um lugar novo, unico, e próprio.
Kain começou a abrir os olhos devagar... Um tapete verde, que cobria todo aquele lugar. Um céu vasto, e um tanto escuro, dando um ar triste para o lugar, mas também tão calmo e pacifico... Notou uma sombra que o defendia da suave luz daquele lugar neutro, uma grande arvore, imensa arvore, onde Kain se encontrava embaixo... Seus cabelos estavam longos, seu chi fluia por seu corpo com calma, como um rio suave. Envolto de sua total paz, Kain se via rodiado de suas velhas amigas... Um numero total de doze espadas, que o circulavam com calma. Kain estava em seu modo supremo... Eremita³. Cabelos longos... Até a altura da panturrilha, calças de tecido protegido pelo chi do moreno, ele sentia o chi deslizar pela pele. Revestido por aquela luz azulada, Kain deixou a posição de meditação. O corpo parou de levitar com aquela calmaria, até os pés do homem tocarem o gramado novamente. Notou suas vestes... A mesma calda de combate, onde quatro laminas de Kain eram protegidas por suas bainhas. A primeira, do lado esquerdo... A bela e arcaica numero 50, espada gravitacional. E a primeira, do lado direito... A rara armazenadora de Chi. A segunda, do lado esquerdo... Mais uma grande aliada, espada chiista. E a segunda do lado direito... A grande, valor triplo. Aquela cauda era presa na calça, como um uma bainha especial. A camiseta regata, justa ao corpo de Kain, e ao mesmo tempo, inflada... Mostrava um colete de correntes entre seu tecido. Os braços, junto do torax, era protegido por um casaco. Nele, uma tira de couro, firme e bem presa em meio a esta tira, estava a lendaria, Usuaria. E por fim... Os pés tocaram o chão. Aquele chi que fluia sobre Kain, expandiu-se como uma feixe de luz por toda a vestidão daquele tapete verde, as gramas. Sentia os ventos sacudindo seus cabelos, o arrepio do rosto com o vento gelado... Mas seu feixe, passou por uma área, onde algo foi encontrado... Não era possivel, até aonde ele procurou paz, não conseguiu encontrar. Tinha algo lá, tinha algo... Lá! As orbes rolaram, até o encontro do disturbio. Ao longe, um ser confuso. Não conseguia indentificar... Nunca havia observado antes. Kain mais uma vez, virou sua face. Suave, delicado em seu movimento, virou para o lado esquerdo. Como se escuta-se alguem, ou algo. Foi ali que o homem passou a ficar apreensivo. Seu silencio era grande, seus poderes, limitados até então. Não tinha nenhum motivo, nem nada para atacar... Estava totalmente desligado, entretanto, a guarda, já em alta.